Catel-Cunha 1 - Outros 2

No comentário ao jogo com o Ninense em casa vamos limitar-nos a escrever aqueles apontamentos que fomos tomando ao longo do jogo. Nem mais um comentário além do que foi escrito durante o decorrer do jogo. Quem viu o jogo, se quiser acrescentar mais algum comentário poderá fazê-lo.

O jogo iniciou-se com as equipas a estudarem-se mutuamente. O Ninense teve uma primeira oportunidade logo aos oito minutos, depois de um cruzamento para a área com o avançado a cabecear ao lado.

Aos onze minutos, canto a favor do Catel-Cunha, Tiago Rocha bate para o interior da área, onde aparece o capitão Dinis a cabecear para o fundo das redes. Estava feito o 1-0 para o Catel-Cunha. Explosão de alegria dos nossos adeptos.

Previsível reacção do Ninense em busca do golo do empate. Mas o Catel-Cunha ia gerindo o jogo e o resultado.

Na primeira metade da 1ª parte, não se registou nenhuma (umazinha sequer!) falta a favor do Catel-Cunha. Coincidência? A primeira falta a favor do Catel-Cunha, a meio campo, apenas foi assinalada aos 23 minutos.

Pequenas habilidades do sr. árbitro da partida que, com faltas, a maioria inexistentes, a meio campo, ia-nos empurrando para a nossa área.

À meia hora de jogo, o sr. árbitro achava estranho o Ninense ainda não ter empatado e massacrava-nos com faltas duvidosas e outras inexistentes e com cartões amarelos. Três de rajada logo a seguir ao nosso golo.

O "caldinho" (foi o que escrevemos nesta altura do jogo) está a ser preparado pelo senhor de amarelo.

Final da 1ª parte, lançamento do Catel-Cunha para a área, o guarda-redes do Ninense fica a meio do caminho e o Filipe, de costas para a baliza, cabeceia para golo. Os srs. árbitros principal e auxiliar validam o golo, mas depois arrependem-se e marcam falta contra nós.

O Catel-Cunha entrou na 2ª parte com vontade de dilatar a vantagem, o Manso envia uma bola à barra, mas a recarga não surge.

Aos 66 minutos, o sr. árbitro descortinou uma grande penalidade por corte de Ferreira na cobrança de um canto e não perdeu o ensejo de a assinalar. Pouquíssima gente viu o penalty em campo. O Ninense chegou ao empate.

Mas o Ninense também não facilitava a tarefa do sr. árbitro e não criava perigo junto da nossa baliza. Aliás nem lá ia. Então aos 74 minutos expulsa o Tiago Rocha. E justifica: 1º - "agrediu o adversário" (mas o homem nem lhe tocou); 2º - "tentou agredir o adversário" (já está melhor); 3º - (já depois de o jogo acabar) "cada vez que disputava um lance ria-se com ar de gozo". (Assim está bem sr. árbitro!).

O problema é que mesmo assim, até aos 80 minutos, ainda criamos duas oportunidades de golo, cabeceamento de Dinis após um canto, remate de Marco Lima, já dentro da área, ao lado.

A partir daqui secaram as nossas hipóteses de podermos sequer disputar o jogo.

Nos últimos 16 minutos (10 + 6 de descontos - na realidade foram 8), o Ninense teve 8 faltas ofensivas (feitas pelos nossos avançados) e beneficiou de 7 faltas defensivas (praticadas pelos nossos defesas - bem juntinho à área).

Mas era uma chatice, o Ninense estava em dia não e nem de livre conseguia criar perigo. Mas não há que desesperar, como diz o aforismo: "os amigos são para as ocasiões".

Aos 98 minutos lançamento para a nossa área, o Dinis, antecipa-se ao defesa e corta para canto e o sr. árbitro entendeu que ele cortou para grande penalidade. 1-2 para o Ninense.

Este amigo decerto tinha-se esquecido das prendas de Natal e trouxe-as para os Reis.

Foi a situação mais caricata que me lembro de ver no futebol. E estavam cerca de 400 pessoas a assistir. E acho (?) que também não vai ser fácil provar nada.

Este futebol faz-me lembrar uma história que ouvi: a do passarinho. Se não quiserem, não ouçam.

Na Primavera, um passarinho andava pelo prado, alegremente a cantar: piu, piu, piu...; quando chegou o Outono, mais frio e o passarinho com menos alegria: piiiu, piiiu, piiiu... no Invervo, frio e neve, e o passarinho piiiiu, piiiiu, piiiiu... e caiu inanimado no chão.

Uma vaca que por ali pastava cagou em cima do passarinho, que sentindo mais calor, pôs a cabeça de fora e começou outra vez: piu, piu, piu... Só que também por ali andava uma raposa, esfomeada devido às agruras do tempo, e ouvindo o passarinho pegou nele com a boca, sacudiu-o e comeu-o.

A história não é grande coisa, mas o importante são as moralidades que dela se podem retirar:

1ª - Nem sempre quem nos põe na merda é por nos querer mal;

2ª - Nem sempre quem nos tira da merda é por nos querer bem;

3ª - e talvez mais importante - mesmo com merda até ao pescoço - bico calado!

O Catel-Cunha alinhou com os injustiçados - Álvaro; David; Dinis; Mano; Miguel; Pedro Rocha; Tiago Rocha; Maki; Alexandre; Marco Lima; Filipe.

Com os também injustiçados suplentes - Sky; Marco Teles; Ferreira; Marcos Cá; Zé; Manel; Geraldo.

Estes injustiçados - Marcos Cá, Ferreira e Geraldo, substituiram aos 60, 64 e 80 m, os outros injustiçados - Filipe, Miguel e Marco Lima.

Golos - Dinis

Disciplina - Amarelo - David, Miguel, Pedro Rocha, Marco Teles. Vermelho - Tiago Rocha (o tal da risota), Filipe e Dinis.

Equipa técnica - Sérgio Lino, Marco Licínio e Manuel Azevedo.